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VALTER FIGUEIRA
( Brasil – Paraná )
Poeta e prosador.
Nasceu em Cruzeiro do Sul-Pr, mora em Carlinda, Mato Grosso. Graduado em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, UNEMAT, com uma especialização em Docência do Ensino Superior—UFRJ. Estudante de Jornalismo. Professor de Ciências em Carlinda-MT.
Livros: O Retorno (Romance) 2010; Poesias, versos, (2ª Edição) 2013;
Poesias, versos, (3ª Edição) 2014; Anjo Rosa, versos – 2015;
Mãos Poéticas (org.), versos – 2015; Mãos Poéticas Vol.2, versos – 2016; Valter Figueira & Amigos – 2017; Temperanças - poemas – 2018; Os Infiéis - Romance- 2019; Ranhuras- Contos – 2021;
O Nhem nhem- Contos – 2021; A garota da Boate - Romance- em preparação.
SACIEDADE DOS POETAS VIVOS. VOL. XII. Organizadores: Urhacy Faustino e Leila Miccolis. Capa: Vande Rota Gomide.Rio de Janeiro: BLOEOS, s. d. 110 p Ex. bibl. Antonio Miranda
NOSSO AMOR
Nosso amor é como
uma bala de projétil
disparada a esmo,
rápido,
destrutivo,
desorganizado,
descabido.
Bandido Amor,
paixão desenfreada,
abismática,
clássica,
poética.
Mas acima de tudo
é nosso,
somente nosso,
único,
exclusivo.
***
Eu amo,
Não amo simplesmente
Amo o seu amor covarde
o seu amor falso,
traiçoeiro,
nojento,
feio,
duro,
rústico,
solitário,
solidário.
Eu amo
Não amo simplesmente
Amo
Verdadeira/mente.
***
Hoje seus pensamentos
são tristes.
Seu sorriso vago e
felicidade inexiste.
Há somente prantos
e choras escondido
em seu canto.
Foi ela?
Tão Bela?
E o teu cego amor
A nobre donzela,
A causa de sua dor?
Foste atraído por um sorriso
O que sabias sobre paixões?
Eram belas palavras de amor
que prometia em todo o seu ardor
A mais vaga das ilusões.
Foi ela.
Tão bela.
E seu doce beijo.
Tão linda donzela.
E teu cego desejo.
POR VOCÊ
Por tudo:
O sol ardente e a poeira da rua
O crepúsculo das tardes solitárias
As damas que caminham sem sorriso
As noites enluaradas e as noites sem lua.
Por tudo:
Pelos caminhos que levam ao nada
O jardim do Éden e o paraíso
Pelas portas que encontramos fechadas
Por você, seu corpo, seu amor e seu sorriso.
Por tudo:
Pelas rosas das manhãs orvalhadas
Pelas suas horas, dias, meses e anos
Por tudo, és minha querida, minha amada
E louco gritarei: Te amo, te amo, te amo.
Que todos os ouvidos me ouçam
Que todas as bocas blasfemem
Que todos os sentimentos se transtornem
Não retirarei o que disse:
Te amo.
***
Seus cabelos são ondas
que me lembram aquela corredeira
solitária injustamente batizada
de Rio das Mortes.
O seu olhar é um brilho
que me lembra o sol na minha
janela nas manhãs de domingo.
Seu roso é uma ficção
que me lembra Erêndira, sapeca
fugindo dos turcos sedentos por sexo.
*
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Página publicada em janeiro de 2023
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